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A água que mata
Em matéria recente, a FOLHA mostrou o drama dos moradores da localidade de Fruteira Quente, no distrito de Cachoeiro de Itapemirim, São Vicente, onde, apesar do contrato entre o município e a Foz do Brasil, os moradores utilizam poços artesianos, pois esta foi a única alternativa indicada pela empresa.
A água é suja, tem gosto ruim, corrói as torneiras, os chuveiros, e tudo mais de metal. Para evitar a situação eles têm de optar por versões plásticas. Até mesmo caramujos são encontrados na água de sai da torneira.
Os poços artesianos são quase todos bem distantes das casas. Nossa reportagem acompanhou o caminho de um deles e teve dificuldades de chegar ao local. Muito mato, lama e cercas para chegar até o rio. A distância, quase sempre necessária para que a água brote, contudo, dificulta a manutenção dos poços.
O último relógio fica a 3.400 metros da localidade e, de acordo com o orçamento feito há alguns anos, quando a obra foi prometida, o valor ficaria em torno de 250 mil reais. Moradores nos mostraram várias cópias e pedidos e abaixo-assinados feitos pela população em datas diferentes.
Alto índice de metal e coliformes na água
De acordo com análise da empresa que presta serviço de tratamento de Água em Cachoeiro de Itapemirim – Foz, em 29/12/2009, na amostra 40999, a água possui alta índice de metais pesados, como o Ferro, e coliformes fecais e totais.
O valor de Ferro encontrado na amostra (4.07) é 13,5 vezes que o padrão permitido, que é 0.3. Para o químico, mestre em química analítica ambiental e doutorando em Ciências Naturais, Guilherme Fiurin Rosa, a situação é preocupante e essa água não é própria para consumo humano.
Nível do rio Itapemirim - 15/08/2013

O rio Itapemirim, que corta 16 municípios do Espírito Santo e um de Minas Gerais, está com o nível de vazão abaixo do normal. Em Cachoeiro de Itapemirim, na região Sul do estado, é comum ver pedras aonde antes havia somente água. A concessionária de água da cidade, Foz,