HEGEL E A FENOMENOLOGIA

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HEGEL E A FENOMENOLOGIA
Hegel, na Fenomenologia do Espírito, descreve o saber da experiência que faz a consciência, colocandose contra os critérios de verdade até então defendidos pelas correntes empirista e racionalista. A primeira apoiada no mundo empírico objetivo, como em Hume, e a segunda na pura razão como critério a priori, como em Kant.
Na Fenomenologia do Espírito, Hegel diz que o começo é o indeterminado puro, o universal, o imediato, ou seja, a consciência imediata, o puro ser, abstraído de todo conteúdo. Para ele o sujeito não sofre nenhuma determinação a priori. Ele, portanto, começa com o universal sem sujeito, universal abstrato, pelo fato de que, só o sujeito pode realizar o universal concreto.
Hegel afirma que o todo é o Espírito Absoluto. O espírito desce do universal através das determinações à singularidade e sobe da singularidade através de suas determinações à universalidade.
Sendo assim nada tem ser, nem é, verdadeiramente conhecido se não está compreendido neste Espírito
Absoluto.
Alfredo Moraes no seu livro A metafísica do Conceito coloca “para Hegel, a verdade, na medida em que se manifesta como Espírito absoluto, é, desde o começo, o fundamento do conceito ou de todo conhecer efetivo, mas que somente se realiza no seu desenvolvimento e, enquanto resultado, implica o devir de si mesmo na totalidade de suas figuras e momentos, que perpassa o jogo das mediações de suas categorias, para apresentar-se como um saber que, na trajetória de sua realização no conceito, se converte num conhecer que é ser”.[1]
Dizer que uma coisa se apóia no espírito absoluto equivale dizer que permanece nele como momento seu, ou seja, o absoluto é realidade viva, por isso Hegel disse que a verdadeira substância é o sujeito.
O começo é o momento mais pobre e mais abstrato, entretanto é a base imutável que permanece imanente a todas determinações exteriores. O ser é o nada de determinação. Se o ser tiver determinação deixa de ser o ser para ser um ser determinado, no

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