HEG Aula3

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História Econômica Geral

I - O Modo de Produção Feudal e sua Desintegração 1.1 - Uma abordagem inicial

Segundo Dobb (1974: 49), a Inglaterra “... não se mostrou imune ao debate sobre o significado de ‘feudalismo’ e seu uso tem sido variado e contraditório.”
A busca da essência do Feudalismo mudava conforme a natureza da abordagem:
A visão do historiador constitucional: a essência do feudalismo encontrava-se no aspecto de que a posse da terra é a fonte do poder político;
Para o advogado: a essência do poder feudal era determinada pela posição do título de posse;
Na visão do historiador econômico: a importância do processo era explicada pelo cultivo da terra e o exercício de diretrizes sobre as pessoas.
Utilizando-se dos conceitos abordados anteriormente, conceituaremos o feudalismo dando ênfase às suas relações sociais de produção, ou seja, como um modo de produção, priorizando assim aspectos relacionados com a organização do trabalho; o desenvolvimento das forças produtivas; o regime da propriedade da terra e dos meios de produção; a forma de geração, apropriação e aplicação do excedente.
Ao reunir o conjunto destas abordagens em um só conceito, o de modo de produção, é possível não somente obter uma visão do todo, mas também, elencar aspectos os específicos mais representativos para o entendimento da dinâmica do feudalismo.

1.2- O modo de produção feudal: uma primeira abordagem.

O ponto prefacial requerido por esta abordagem está na caracterização das relações sociais de produção, que no caso do feudalismo se caracterizará na relação entre o produtor direto e seu superior imediato e a natureza das relações sócio-econômica que ligam servos e senhores. Este aspecto será um aspecto importante na conceituação do feudalismo enquanto um modo de produção.
Na complementação da conceituação do modo de produção também se mostra necessária a explicitação de outras variáveis históricas e lógicas, já mencionadas acima, que agora associamos à sua

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