Hanna Arendt

426 palavras 2 páginas
Hannah Arendt, no capítulo II de Sobre a Violência, procura basicamente fazer a diferenciação entre poder, força, autoridade e violência. Termos estes que são comumente utilizados como sinônimos, mas que, embora apareçam na realidade em conjunto, não são a mesma coisa.
Apesar de terem a mesma função de indicar os meios que o homem utiliza para governar outro homem, a força pode ser descrita como nada mais que a energia que se libera nos movimentos sociais ou físicos.
Já autoridade se dá pelo reconhecimento daqueles que obedecem, sendo estritamente necessário o respeito. Se o detentor da autoridade perder o respeito do subordinado, sua autoridade se esfacela. É importante dizer que a autoridade desempenha um papel fundamental no poder das sociedades organizadas, sendo necessário o seu reconhecimento.
O poder é algo que faz parte do grupo e existe apenas enquanto este estiver unido. Para que alguém esteja no poder, é necessário que haja apoio e consentimento do grupo ou pelo menos maioria dele, e sem isso o poder desaparece. O poder é intrínseco às comunidades, portanto, não precisa de justificativas para existir, precisa de legitimidade. A maior diferenciação entre violência e os outros casos é que, para existir, ela necessita de um caráter instrumental, como por exemplo a arma utilizada por um assaltante. Por isso, a violência não depende de números de adeptos ou opiniões da comunidade, mas sim das formas de implementação a serem usadas. Sempre quando utilizada, seu objetivo é destruir o poder, e nenhum poder pode surgir da sua aplicação.

Mesmo sendo a violência o meio para acabar com o poder, o poder e a violência geralmente exibem-se juntos. A violência aparece onde o poder está em perigo, portanto ele utiliza-se da violência como último recurso para se legitimar, internamente contra os indivíduos que não aceitam ser dominados (criminosos e bandidos) e externamente contra seus inimigos.
Ainda que o poder se utilize da violência, nenhum governo pode

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