Halwaro Carvalho Freire

2134 palavras 9 páginas
A IMAGINAÇÃO PRODUTORA NA CRÍTICA DA RAZÃO PURA 1
Hálwaro Carvalho Freire
PPG Filosofia – Universidade Federal do Ceará (CAPES) halwarocf@yahoo.com.br Resumo
O seguinte artigo tem como principal objetivo analisar o papel da faculdade de imaginação na teoria kantiana do conhecimento desenvolvida por Immanuel Kant. Tal faculdade irá propiciar a ligação entre intuições e conceitos, mediação esta que não seria possível sem as suas duas funções: síntese e esquema. Neste sentido, através do estudo acerca da faculdade de imaginação podemos estabelecer as bases fundamentais da teoria kantiana do conhecimento, visto que só por meio de suas funções será possível o conhecimento.

Introdução
A filosofia transcendental de Kant tem como principal intuito tratar dos conceitos que estabelecem as condições de possibilidade do conhecimento a priori. No capítulo primeiro da
"analítica dos conceitos" Kant define os elementos a priori para o conhecimento dos objetos.
O primeiro será o múltiplo da intuição, mediante a receptividade da sensibilidade; o segundo consistirá na síntese deste múltiplo, por meio da capacidade de imaginação; e o terceiro, que repousa no entendimento, serão os conceitos, que darão unidade a esta síntese da imaginação.
Segundo Kant, sensibilidade e entendimento não podem permutar suas funções, ou seja, o entendimento não pode intuir nenhum objeto e os sentidos não podem pensá-los, pois a sensibilidade produzirá apenas intuições e o entendimento deduzirá apenas conceitos. Essa relação não é possível apenas mediante estas duas faculdades, porque se trata de um material indeterminado (captado pelas intuições puras de espaço e tempo) e de formas possíveis para esse material da intuição (pensados pelas categorias do entendimento). Desta forma, só poderemos falar de conhecimento mediante a reunião destes dois tipos distintos de conhecer a realidade. Será, pois a faculdade de imaginação e suas funções fundamentais, síntese e esquema, o elemento mediador do conhecimento.

Relacionados

  • Sujeito e Liberdade
    193970 palavras | 776 páginas