Haiti livre

HAITI LIVRE!
DO ALTO TIETÊ

Questões: 1) Qual a relação do jornal (Tropas do Haiti) com o sistema capitalista? R: A relação do comitê é justamente divulgar, denunciar e realizar uma campanha pela retirada das tropas brasileiras do Haiti. O jornal enxerga o sistema como um explorador da mão de obra e recursos, impedindo o desenvolvimento da sociedade, apenas por interesses que beneficiem “o próprio sistema”.

2)Qual a posição do grupo com relação aos haitianos e a empresa?
R: O povo brasileiro acredita que as tropas brasileiras estão nesse país em missão humanitária, contra a fome e para garantir a segurança contra as gangues de bandidos. Mas a realidade é bem diferente, para as grandes multinacionais e o agronegócio brasileiro, a pobreza haitiana é lucrativa, pois explora uma mão-de-obra semi-escrava. A ocupação militar e o plano econômico reduzem o Haiti novamente a uma colônia. O Brasil está ocupando militarmente no Haiti a serviço do governo dos Estados Unidos da América. Seria muito mais difícil para os EUA ocupar o país sem despertar uma reação violenta de seus habitantes. Os brasileiros são admirados pelo futebol e pela identidade na cultura negra e latino-americana.
Com as terras e a mão-de-obra barata do Haiti, o plano envolve o agronegócio brasileiro para responder a parte das necessidades do mercado dos EUA.
Obviamente não se está pensando na produção de alimentos para suprir a fome do povo haitiano, mas em etanol para abastecer os automóveis norte-americanos.
As tropas brasileiras estão no país para ajudar as multinacionais, explorar brutalmente essa mão-de-obra barata. O objetivo não é resolver a pobreza, mas produzir para o mercado norte-americano a custos mínimos. Por isso, as empresas pagam salários três vezes menores que os já baixíssimos do Brasil.
Está em curso a implantação de um plano econômico no Haiti, que inclui 18 zonas francas, com multinacionais produzindo para o mercado norte-americano.
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