“Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona)”, de Joaquim Dolz & Bernard Schneuwly

328 palavras 2 páginas
Por que tomar os gêneros textuais como objeto de ensino e aprendizagem? Mais ainda, por que torná-los o foco central no ensino de Língua Portuguesa?
Segundo texto “Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona)”, de Joaquim Dolz & Bernard Schneuwly, o trabalho escolar, no domínio da produção de linguagem, faz-se sobre os gêneros, quer se queira ou não. Eles constituem o instrumento de mediação de toda estratégia de ensino e o material de trabalho, necessário e inesgotável, para o ensino da textualidade.
A análise de suas características fornece uma primeira base de modelização instrumental para organizar as atividades de ensino que estes objetos de aprendizagem requerem.
Considera, fazendo uma metáfora, o gênero como (mega-)instrumento para agir em situações de linguagem, sendo ele constitutivo da situação. Já dentro das considerações de Bakhtin, todo gênero se define por três dimensões essenciais: 1) os conteúdos que são (que se tornam) dizíveis através dele; 2) a estrutura (comunicativa) particular dos textos pertencentes ao gênero; 3) as configurações específicas das unidades de linguagem, que são sobretudo traços da posição enunciativa do enunciador, e os conjuntos particulares de seqüências textuais e de tipos discursivos que formam sua estrutura.
Daí concluí-se que os gêneros seguem parâmetros de agrupamentos, considerando-se os aspectos da tipologia e a linguagem dominante, com contextualização, estrutura e textualização, realizadas através de sequências didáticas e níveis de complexidade crescente, acompanhando a escolaridade.
Vale dizer que, pelos agrupamentos não serem estanques, devemos ser capazes de transmitir aos alunos as principais características, objetivos e instrumentos gramaticais, além da intencionalidade, de cada tipologia textual, para que sejam capazes de discernir e classificar, uma vez que não há o que se falar em protópipos para cada agrupamento.

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