Gêneros Textuais

O estudo dos gêneros textuais não é novo, no Ocidente, já tem pelo menos vinte e cinco séculos. A expressão “gênero” esteve, na tradição ocidental, especialmente ligada aos gêneros literários, cuja análise se inicia com Platão para se firmar com Aristóteles, passando por Horácio e Quintiliano, pela Idade Média, o Renascimento e a Modernidade, até os primórdios do século XX.
Segundo Swales (1990): “Hoje, gênero é facilmente usado para referir uma categoria distintiva de discurso de qualquer tipo, falado ou escrito, com ou sem aspirações literárias”.
Gêneros textuais se referem aos textos materializados em situações comunicativas recorrentes. Os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas.
São textos que apresentam uma dinâmica perante a sociedade, podendo variar com o tempo e situações, logo os gêneros são flexíveis e variáveis em suas classificações. Os gêneros são formados a partir da necessidade de comunicação da sociedade, por isso é necessário a associação das relações sociais para entender a dinâmica da linguagem.
Com a tecnologia é possível perceber a hibridização de alguns gêneros, ou seja, não se possui um limite bem defino entre a oralidade e a escrita. Podemos analisar também a intertextualidade dos gêneros, onde um gênero pode assumir a função de outro, ou dentro de um gênero é possível encontrar outros gêneros, mas sem perder sua característica.
Para Marcuschi o ensino de gêneros textuais torna-se um problema diante da pluralidade cultural, pois como é foi dito os gêneros são variáveis diante de situações sociais. Analisando o Brasil um país multicultural o ensino deveria ser de acordo com cada realidade, entretanto o ensino ainda é muito sistematizado atentando com sucesso apenas uma parte da