Guimaraes.wallace7@gmail.com

4141 palavras 17 páginas
organográficos: o desenho de como as empresas de fato funcionam[1]
Henry Mintzberg e Ludo Van Der Heyden[2]

Entre em qualquer organização — não em escritórios bonitos e organizados, mas na fábrica, no estúdio de projetos ou no departamento de vendas — e dê uma boa olhada. Em um canto, um grupo de empregados está amontoado debatendo um problema logístico preocupante. Em outro, alguém negocia com um cliente do outro lado do mundo via Internet. Para todo lugar que você olha, empregados e produtos estão se movendo para lá e para cá. Tem-se uma imagem da empresa em ação. Porém, peça um retrato da empresa e provavelmente lhe darão o organograma, com seus retângulos ordenados, um acima do outro. O organograma mostraria os nomes e títulos de gerentes, mas pouquíssimo sobre a empresa — nada sobre seus produtos, processos ou clientes — talvez nem mesmo sua linha de negócios. Na verdade, usar o organograma para "ver" a empresa é como usar uma lista de gerentes municipais como o mapa da cidade. O fato é que os organogramas são os álbuns de fotos de nossas empresas, mas apenas servem para nos fascinar com a gerência e, portanto, não é à toa que se tornaram tão irrelevantes no mundo atual. Com hierarquias tradicionais desaparecendo e formas organizacionais inovadoras — e quase sempre bastante complexas — substituindo-as. As pessoas esforçam-se para entender como as empresas funcionam: que partes são interligadas?; Como os processos e empregados devem se reunir?; Para onde devem fluir as idéias de quem?. As respostas a essas perguntas não só ajudam as pessoas a entenderem como se encaixam no grande esquema da situação, mas também revelam todos os tipos de oportunidades para vantagem competitiva. Durante os últimos anos, estamos experimentando uma nova maneira de desenhar — e assim, ver — as organizações. Chamamos nossa abordagem de organográfico, uma alusão à palavra organigramme, o termo francês para organogramas. Organográficos não eliminam

Relacionados