Guerra Fria

Guerra Fria

A Guerra Fria foi o longo período que se sucedeu à Segunda Guerra Mundial, em que os mundos capitalista (sob a liderança dos EUA) e socialista (sob o comando da União Soviética - URSS) estavam unidos para derrotar o nazismo alemão. Depois da vitória, os dois mundos se separaram e, diante da impossibilidade momentânea de iniciar uma nova guerra, trataram de exercer suas influências mediante áreas localizadas de conflito, como o Leste Europeu (do Pacto de Varsóvia) e a OTAN. A explosão da bomba atômica em Hiroshima, fez com que a URSS logo depois também tivesse a sua bomba atômica, dominando o processo nuclear, e isto limitou a possibilidade de um novo confronto entre as duas super-potências. Assim, as duas ideologias se chocaram em quase todas as regiões do globo, como a Coréia, o Vietnã, Cuba e Angola. Outro ponto que merece ser destacado é a corrida espacial entre os EUA e a URSS, que levou o homem até a Lua, e permitiu que hoje tivéssemos satélites que facilitam a comunicação entre todas as pessoas do mundo.

A Guerra Fria envolveu também uma das áreas mais fascinantes e estratégicas do planeta: o Oriente Médio. Habitada desde tempos imemoriais, a região destaca-se por três razões. Do ponto de vista econômico, é a mais rica em reservas de petróleo. Do ponto de vista geopolítico, serve de passagem entre Ásia e Europa. E no aspecto cultural, é o berço das três principais religiões monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Com todas essas características, o Oriente Médio tornou-se um dos centros nevrálgicos da Guerra Fria. O interesse pela região já era visível nos anos 40, quando as principais potências mundiais negociaram a criação do Estado de Israel, em 1948.

Havia muitos interesses geopolíticos em jogo no Oriente Médio. A União Soviética, de um lado, e os Estados Unidos, de outro lado, acreditavam que Israel poderia se tornar um importante parceiro político na região. Os palestinos e os países árabes vizinhos, no entanto, nunca