guerra de fogo analise

Esse processo, em grande medida, inicia-se pelo movimento de afastamento paulatino do homem de seu plano individual, que, partindo do conhecimento que tem do seu corpo, leva-o em direção ao corpo alheio e em conseqüência, à construção de novas referências exteriores. Afastamento e aproximação num cenário, inóspito, desconhecido, misterioso. Uma busca tateante em todas as direções, no interno e no externo do animal homem. A compreensão de si e do “outro”, ou o mundo de ambos, foi apreender e classificar diferenças. Ao mesmo tempo, uma lenta, porém constante, percepção da dinâmica que os sustentavam no conjunto fenomênico da natureza.

Este percurso, curto, circunspecto, iniciado e findado na conceituação do próprio Homem, só pôde existir pelo adensamento de suas conexões sensoriais do plano psíquico pela reflexão, no germinar, das experiências sócio-históricas.

O Homem primitivo, fisicamente classificado como mamífero, da ordem dos primatas, da família dos hominídeos, do gênero Homo e da espécie sapiens, pouca diferença apresentava quando comparado à estrutura biológica dos demais mamíferos. O que o colocou num patamar diferenciado no interior do planeta foi a construção de um sistema de comunicação/representação do mundo interior/exterior, plasmando sentimentos a novas experiências, constantemente transformadas pela apropriação/transformação da natureza em um mundo humanizado.

A descoberta de si e de suas diferenças dos outros animais desdobrou-se da novíssima experiência sistematizada na fala. Com a fala, passou a controlar e dominar o mundo ao seu redor. Pela fala, criou-se uma nova interface homem/natureza, e, em decorrência, um salto de qualidade no desvendar do mundo dos fenômenos. Como resultado do longo processo de aprimoramento da fala estendida à reflexão, desdobrou-se a intervenção, domínio e transformação da natureza em cultura.

Desta nova dinâmica sustentada na reflexão abstrata, o conceito, surge a configuração temporal/espacial construída pela