Guardador de Rebanhos

954 palavras 4 páginas
Resumo e análise da obra:

Alberto Caeiro é calmo, naturalmente conciliado consigo mesmo e com o mundo.
Para Caeiro, o importante é ver e ouvir: "A sensação é tudo (...) e o pensamento é uma doença". Caeiro é o mais objectivo dos heterónimos. Busca o objectivismo absoluto, eliminando a subjectividade. É um poeta que ama a Natureza, procura "as sensações das coisas tais como são". Opõe-se ao intelectualismo e à abstracção.Neste sentido, é o contrário de Fernando Pessoa.Possui uma linguagem simples, directa, com a naturalidade de um discurso oral. Os versos simples e directos, próximos do livre andamento da prosa, privilegiam a "sensação das coisas tais como são". É o menos "culto" dos heterónimos. Mas há uma organização rítmica cuidada e coerente. Caeiro é o inimigo das abstracções, daí a secura e pobreza lexical do seu estilo.

1 estrofe
O sujeito lírico afirma nunca ter guardado rebanhos, “Eu nunca guardei rebanhos”, mas todo o poema nos sugere que ele se comporta como se efectivamente os guardasse e que procede, mesmo, como um guadador de rebanhos (“é como se os guardasse”). Ele não é então, um pastor verdadeiro, real, pois ele afirma-nos convicto “Eu nunca guardei rebanhos”, mas comporta-se como se o fosse, “Mas é como se os guardasse”.
Há realmente uma parte de si, a alma, que age como um pastor e é, no poema, caracterizada como sendo profundamente íntima da natureza, pois “Conhece o vento e o sol”, “E anda pela mão das Estações/a seguir”, marcada pela sedução da viagem, “e a olhar”, preocupada sobretudo com o que vai observando – de notar a personificação. Por causa da sua alma, o sujeito poético tem acesso a “Toda a paz da Natureza sem gente” que vai sentar-se a seu lado.
“Mas eu fico triste” diz o sujeito lírico, explicando que a sua tristeza acontece quando um bem, por exemplo, o sol que ao pôr-se, desaparece, e se convert num mal, “E se sente a noite entrada”, como se tratasse de uma desilusão que chega imperceptivelmente, “Como uma borboleta

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