Gregório de Matos

676 palavras 3 páginas
Para entender a obra de Gregório de Matos é preciso conhecer o contexto histórico no qual ele está inserido, uma vez que grande parte de sua poesia (principalmente a satírica) faz referência a duas de suas maiores referências: o Brasil e Portugal. No final do século XVII, Portugal impunha ao Brasil uma série de restrições comerciais a fim de conseguir vantagens. Por conta disso, os senhores do engenho e proprietários rurais brasileiros passaram a enfrentar uma forte crise económica.
Surge então, uma rica burguesia composta por imigrantes vindos de Portugal e que comandavam o comércio na colônia. Esta rica burguesia dominou também o mercado de crédito. Por conta do monopólio gerado por estes imigrantes, agravou-se a crise dos proprietários rurais brasileiros e a oposição entre esses dois grupos foi crescendo ao longo dos anos.
Gregório de Matos, encontra-se em uma posição central neste cenário, tendo condições de pensar e analisar seu momento histórico sob diversas perspectivas e apesar de ter tido diversos cargos de poder, resolve desligar-se de tudo e viver à margem da sociedade como um poeta itinerante, percorrendo o recôncavo baiano e frequentando festas e rodas boemias. Ele encara o papel do portador de uma "voz crítica" sobre essa mesma sociedade na qual ele se insere.
A obra de Gregório de Matos é tradicionalmente dividida em torno de três grandes eixos temáticos: a poesia religiosa, a poesia lírica e a poesia satírica.
O poema satírico de Gregório de Matos é marcado por essa "briga" entre uma sociedade "normal" e outra que é composta por pessoas oportunistas, mas que estão instaurados no poder. Porém, no caso de Gregório de Matos a "sociedade absurda" é real, pois é a Bahia onde ele vive; e a sociedade considerada "normal", que é a dos homens bem nascidos e cultos, é absurda perante a realidade baiana.
Na poesia amorosa e erótica de Gregório de Matos, o tema básico continua sendo o choque de opostos: "espírito" e "matéria", "ascetismo" e

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