Grandes Estinções

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De tempos em tempos, a Terra passa por grandes tragédias. Algumas, como a que se abateram sobre o Permiano, 145 milhões de anos atrás, destruíram 90% das espécies. Mesmo tão marcantes esses eventos nem sempre são fáceis de estudar e nenhum deles tem uma explicação definitiva.

A definição exata de uma extinção em massa é arbitrária, porém, podemos definir como um acontecimento relativamente comum no registro geológico que se caracteriza pelo decréscimo da biodiversidade através da extinção excepcionalmente alta de vários grupos ou, em outras palavras, uma redução acentuada na diversidade e abundancia de vida macroscópica. Essa perda de diversidade ocorre quando a taxa de extinção é maior que a taxa de especiação.

Isso ocorre, em primeiro lugar, porque várias evidências do que aconteceu há centenas de milhares de anos foram destruídas ao longo do tempo. Em segundo, são pouquíssimas as fontes de informação sobre o assunto – e quase tudo o que descobrimos teve que ser literalmente desenterrado. Sabemos que esses eventos de fato aconteceram porque, no registro geológico, uma extinção faz com que fósseis de espécies encontradas em uma camada do solo não existam na camada imediatamente acima. Estudando a fatia do solo em que ocorreu esse desaparecimento, os cientistas procuram sinais de asteróides, vulcanismo, mudanças climáticas, movimentação de continentes e outros fatores capazes de eliminar a vida no período. Eles juntam essas informações em um só cenário, o que não é lá muito fácil: várias tragédias parecem ter acontecido ao mesmo tempo e sempre é possível que o motivo real não tenha sido ainda encontrado.

Extinção do Permiano-Triássico

A extinção do Permiano-Triássico ou extinção Permo-Triássica foi uma extinção em massa que ocorreu no final do Paleozóico há cerca de 251 milhões de anos. Foi o evento de extinção mais severo já ocorrido no planeta Terra, resultando na morte de aproximadamente 95% de todas as espécies marinhas e de 70% das espécies sobre

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