Gramática

1- Embora o conto e a crônica sejam dois tipos literários distintos, são confundidos e muitas vezes são descritos como o mesmo, mas na verdade, enumerando algumas características da crônica podemos perceber e estabelecer essa linha divisória, essa diferença entre uma e outra. O cronista age de maneira mais solta, mais leve, suas descrições não são tão profundas como no conto, o cronista escreve a partir de um fato que queira levar a uma reflexão, a um pensamento, escrevendo sobre um evento cotidiano, por exemplo. O cronista não se preocupa com o narrador, ele mesmo é o seu autor, parte muitas vezes de uma situação real, de pessoas reais que se transformam em personagens, buscando trazer uma linguagem mais coloquial, ou seja, uma linguagem com a oralidade das ruas no escrito, a crônica tem sua linguagem própria, um espaço definido e independente.
2- Nos dois tipos literários o que predomina muito é o dialogo entre os personagens, diálogo sempre envolvendo questões que irão levar a uma reflexão no final de ambos textos literários, os dois se utilizam dessa forma de interação criando uma cumplicidade com o leitor, são confundidos por ser tão parecidos nesse aspecto, embora o conto seja mais pesado e a crônica mais leve.
3- A crônica pode ser baseada nessas duas categorias, a literária e não literária, mais precisamente um texto literário e um texto jornalístico, o resultado de cada categoria depende da visão pessoal e particular que se encontra o autor, ele pode estar entre o imaginário (literário) e o real (jornalístico), quando a crônica recebe um tratamento mais literário ele se utiliza muitas vezes de figuras de linguagens enquanto o jornalístico se utiliza de fatos mais concretos e reais, ambos tratam muitas vezes de determinados assuntos ali discutidos com humor, dizendo coisas sérias por meio dessa aparente conversa.
4- A efemeridade é umas das mais relevantes características da crônica, já que ela busca tratar de assuntos de forma leve e rápida, a