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A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA – Walter Benjamin
Walter Benjamin destaca a questão da reprodutibilidade ao longo da história, ela sempre existiu, seja por aprendizes a fim de se apropriarem da técnica, pelos próprios mestres e por terceiros em busca de lucro. Porém esta reprodutibilidade nunca afetou a aura da obra de arte, ou seja, a originalidade sempre foi mantida.
Benjamin apresenta esta originalidade através do conceito do “aqui e agora da obra de arte”, que constitui a unicidade da obra, sua presença no local onde ela se encontra, ou seja, sua autenticidade. No entanto, esse conceito não tem sentido para uma reprodução, técnica ou não, pois esta noção escapa a toda reprodução.
No entanto a partir do advento da fotografia houve uma guinada no que se refere à reprodutibilidade. Com a fotografia ocorre a perda da aura, todo aspecto sagrado da obra, sua autenticidade e principalmente sua originalidade não existem mais.
A reprodutibilidade técnica pra Benjamin é o processo de industrialização da arte, onde esta perde o sentido sagrado e assume uma nova função, a política. A arte passa a ser autônoma. Após realizar diversas críticas às mudanças da arte Benjamin, surpreendentemente aponta a ambiguidade desta questão, ressaltando o alcance desse novo tipo de arte. Se antes a arte era restrita a determinadas classes, agora ela é acessível a todos.
Os conceitos discutidos por Benjamin em seu texto chegam no epílogo a um debate sobre a estetização da política pelo fascismo, o qual apenas o comunismo seria capaz de se contrapor, respondendo-lhe com a politização da arte.
Com o comunismo, a população recém proletarizada eliminaria as relações de propriedade sustentadas pelo regime fascista, que usufrui das técnicas de reprodutibilidade, alienando a massa, esta massa que o