Graduando

FORD, A LINHA DE MONTAGEM E A NOÇÃO DE PRODUÇÃO EM GRANDES SÉRIES.

Benjamin Coriat

Aula do dia 10/10/79

Na aula de hoje, propomos dois pontos para desenvolver.

O primeiro ponto seria uma espécie de resumo e retomada dos pontos que nós discutimos na aula passada. O segundo ponto a ser analisado compreende uma análise do fordismo, mas de um ponto de vista bem específico, ou seja, aquilo que o fordismo vem acrescentar ao taylorismo. Esse desenvolvimento do fordismo em relação ao taylorismo será considerado sob dois aspectos:

Primeiro: a introdução da linha de montagem e da standartização e o desenvolvimento da produção em grandes séries. Esses três conceitos, essas três noções de linha de montagem, standartização e produção em grandes séries, nós vamos retomar porque se trata de três conceitos muito importantes para o estudo do fordismo.

A outra inovação do fordismo com relação ao taylorismo é a nova política salarial, é uma nova forma de controle da força de trabalho através do salário, o chamado " Five Dollars Day" , isto é, o pagamento do salário a cinco dólares por dia.

Primeiro ponto: a gerência científica é a dimensão estratégica do taylorismo. Na aula passada vimos como o taylorismo, através da análise de tempos e movimentos, permitiu o confisco do saber operário por parte da direção. Primeiramente vamos insistir sobre o papel do taylorismo na sua dimensão social, quer dizer, o seu papel no que concerne à relação capital-trabalho e isto a partir do estudo de caso dos Estados Unidos, numa época bem precisa do capitalismo americano, quando foi introduzido o taylorismo. Para tanto é necessário ter uma idéia bem precisa sobre o estado dessa relação capital-trabalho no momento da introdução do taylorismo nos Estados Unidos. Sobre esse ponto, é preciso fazer duas observações. Qual seria a situação do capitalismo americano quando Taylor começa a fazer suas experiências em torno de 1880? Primeiramente, estamos no fim da Guerra da Secessão,