graduada

A burguesia teve uma importante iniciativa histórica no século XIX, ao impor suas estruturas capitalistas e seu poder político, destruindo então a ordem do Antigo Império e dando início as idéias liberalistas. Teve como principais fundamentalistas Adam Smith, onde o trabalho seria o elemento provedor de riqueza e era contra a intervenção do Estado na economia; Thomas Malthus, para quem o progresso seria limitado ao desenvolvimento material; e David Ricardo que desenvolveu a teoria do trabalho como fonte de valor, em que o preço da força de trabalho deveria ser apenas o suficiente para a subsistência operaria.
Em oposição ao liberalismo surgem os socialistas utópicos e os científicos. Os utópicos propunham um compromisso entre as classes sociais antagônicas, a burguesia e o proletariado, que minimizaria a exploração econômica dentro do capitalismo. Tinha como representantes, Saint-Simon, que propunha uma sociedade com exclusão de militares, cleros e nobreza; Charles Fourier, que imaginava a sociedade sem diferenças entre os cidadãos, dispostas em fazendas agroindustriais; e Robert Owen, que buscou a criação de uma sociedade ideal, sem qualquer desigualdade. Já o cientifico foi coordenado por Marx, segundo a historia da humanidade seria a da luta de classes, sendo as condições econômicas os elementos determinantes da feição de cada sociedade.
Outra formulação teórica foi o anarquismo, para libertar o operário da exploração capitalista. Joseph Proudhon queria a abolição de toda propriedade considerada como um roubo, e a formação de cooperativas de trabalhadores baseadas na autogestão dos recursos. Contudo para Mikhail Bakunin a burguesia jamais aceitaria a igualdade, restando a violência dos trabalhadores aos representantes do Estado como a único modo de ocorrer mudanças.
Nesse período o conflito social atingiu uma conotação capitalista, com a luta popular do movimento operário contra o poder burguês e a Igreja estabeleceu-se como árbitro de eventuais disputas.