Gosto, sim, se discute!

974 palavras 4 páginas
‘’Nem tudo deve ser discutido apenas porque tudo pode ser pensado. ’’.

O mundo caminha a cada dia para a pluralização social e para a antagônia, o que desemboca em teias de pensamentos cada vez mais divergentes e relações humanas mais conflituosas. Na antiguidade a Igreja Católica incrustava dogmas na sociedade com o intuito de impedir a racionalização e a formação de um pensamento crítico individual. A população era guiada pela verdade suprema e ‘’divina’’ que a igreja pregava – uma vez que a verdade era inviolável ficava fácil manipular a população e assegurar os interesses da instituição. Na atual idade contemporânea a função de pensamentos dogmáticos não visa apenas à manipulação; alguns são criados através da necessidade de evitar que a interação do homem em seu círculo social seja ainda mais violenta. Ora, e não seria esse o objetivo da regra ‘’gosto não se discute’’? Mesmo antes de uma criança aprender a falar, ela já possui referências do que é bom e mau para ela. O bebê, quando com fome, costuma chorar numa tentativa de alertar a mãe de que precisa de alimento. Ele já tem referências de que sentir fome é ruim e por isso não gosta. No entanto, gostar de algo não se origina apenas do prazer por ou pelo objeto em questão – nesse caso, pensa-se a palavra ‘’objeto’’ em seu mais amplo sentido –, pois é também um meio de formação do próprio ser. Já dizia Sartre que a ‘’existência precede a essência’’; é na busca pela formação do próprio ‘’eu’’ que surge a necessidade do homem não apenas de ser identificado por alguma coisa, mas também de se identificar com algo ou alguém. O indivíduo de identifica com aquilo que o agrada ou convém e o grau de apreciação e interesse dar-se-à com as referências que ele obteve durante a vida. Como a sociedade pluralista admite a divergências de opiniões, crenças, ideologias (entre outros) as referências só tendem a aumentar e por isso o gosto é tão relativo. Além de ser determinado pelo prazer ou pela necessidade, também é

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