Glosas Críticas Marginais ao Artigo "O Rei da Prússia e a Reforma Social". De um prussiano

2989 palavras 12 páginas
Glosas Críticas Marginais ao Artigo
"O Rei da Prússia e a Reforma Social". De um prussiano.
Karl Marx

O assim chamado prussiano começa referindo-se ao conteúdo da ordem do gabinete do rei da Prússia sobre a insurreição dos trabalhadores silesianos e à opinião do jornal francês La Reforme sobre a ordem do gabinete prussiano. Lá Reforme entende que a ordem do gabinete foi motivada pelo "terror e pelo sentimento religioso" do rei. E até descobre nesse documento o pressentimento das grandes reformas que ameaçam a sociedade civil. " O rei e a sociedade alemã não chegaram ainda ao pressentimento de sua reforma" e menos ainda as insurreições silesiana e boêmia deram origem a tal sentimento. Por isso o rei o considera como um defeito de administração ou de assistência. Além do mais, a ordem do gabinete nem sequer foi ditada pelo sentimento religioso: trata-se de uma sóbria expressão da arte política cristã e de uma doutrina que não deixa subsistir nenhuma dificuldade diante do seu único remédio, " a boa disposição dos corações cristãos".Miséria e crime são duas grandes calamidades: quem poderá repará-las? O Estado e as autoridades? Não, mas, ao contrário, a união de todos os corações cristãos". O suposto prussiano nega o "terror" do rei, entre outras coisas, porque bastaram poucos soldados para liquidar os frágeis tecelões. Partindo da relação geral da política com os males sociais, poderemos esclarecer porque a revolta dos tecelões não podia infundir nenhum "terror" particular ao rei. Por ora seja suficiente isto: a revolta não era dirigida diretamente contra o rei da Prússia, mas contra a burguesia. Como aristocrata e monarca absoluto, o rei da Prússia não pode amar a burguesia; menos ainda se pode aterrorizar se a sua submissão e a sua impotência forem acrescidas de relações tensas e difíceis com o proletariado. Enquanto homem político, o rei da Prússia tem, na política, o seu antagonista direto no liberalismo. Para o rei, o antagonismo com o

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