Globalização
Clara Maria Cavalcante Brum de Oliveira
Bacharel em Comunicação/FACHA e Filosofia/UERJ
Mestre em Filosofia/UERJ
Professora da UNESA
“Todo pais da Terra está aberto ao homem sábio, porque a pátria do homem virtuoso é o universo inteiro” Demócrito
Antes de dar início à exposição gostaria de enfatizar que o ritmo acelerado do progresso da ciência nos últimos anos e a expansão da ideologia consumista, em particular no séc. XX, provocou um esvaziamento do papel da Filosofia. E podemos apontar duas razões, a saber: primeiro, porque a Filosofia, enquanto saber, não oferece respostas seguras como as demais ciência; segundo, porque não satisfaz as premissas do consumo.2 Não causará surpresa, portanto, que o meu interesse em analisar filosoficamente o conceito de globalização implica reflexões comumente deixadas em segundo plano. Ressalto que minhas considerações não são econômicas, sociológicas ou sob o aspecto jurídico, limito-me à tarefa propriamente filosófica: problematizar o tema em torno de três questões que julgo fundamentais porque configuram o ponto de partida para futuras análises. As questões são: qual a origem do termo globalização? Qual o pensamento político e econômico vinculado a este termo? E, por fim, Qual o pensamento ético que ele desvela? Ficarei apenas no limiar destas questões para não ultrapassar os limites do presente estudo. A reflexão neste breve estudo é ainda rudimentar, mas perfeitamente clara o seu propósito fundamental.
O que é globalização? Qual a origem deste termo?
Este é o processo pelo qual a população do mundo se torna cada vez mais unida em uma única sociedade.3 Trata-se de um processo social marcado pelo encontro problemático de diferentes culturas, provocando mudanças na estrutura política e econômica das sociedades. Muitas idéias que nomeamos tardiamente já estavam presentes em nossa experiência histórica, na vida