Globalização
A globalização marca de forma cristalina a ruptura desse processo de identidade entre território e comunidade. Surge nesse momento o progresso através da tecnociência, cujo uso é condicionado pelo mercado e nem sempre está a serviço da humanidade.
O mundo se torna fluido, graças às novas tecnologias de informação e comunicação. As fronteiras tornam-se porosas, tanto para uma quanto para a outra, e isso acaba por modificar e afetar a natureza do Estado-nação, causando, assim, paulatinamente, a perda ou enfraquecimento de sua identidade nacional.
Nesse processo, há uma intensificação das relações sociais em escala mundial, que, segundo Anthony Guiddens, vem aproximando os povos de diferentes localidades, de forma que acontecimentos que ocorrem em um lugar distante acabam influenciando outros a muitos milhares de quilômetros, provocando várias transformações.
O resultado dessas influências, muitas vezes, não possui direção uniforme, mas pode consistir em modificações mutuamente opostas. Ocorre, por exemplo, que o desenvolvimento e o progresso de uma localidade podem provocar transformações opostas em outro, como o seu empobrecimento. A instalação de uma empresa em determinado local pode significar a perda do emprego de milhares de trabalhadores no local de origem,