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Carolina Beatriz Ângelo
Carolina Beatriz Ângelo (Guarda, 6 de Abril de 1878 — Lisboa, 3 de Outubro de 1911) foi uma médica e feminista portuguesa.
Nasceu na Guarda em 1877, onde fez os estudos primários e secundários. Em Lisboa, estudou medicina, concluindo o curso em 1902. Nesse mesmo ano, casou-se com Januário Barreto, seu primo e ativista republicano.
Tornou-se a primeira médica portuguesa a operar no Hospital de São José, dedicando-se mais tarde à especialidade de ginecologia.
A militância cívica iniciou-a em 1907, em conjunto com outras médicas, vindo a aderir a movimentos femininos a favor da paz e da implantação da República e à Maçonaria e tornando-se defensora dos direitos das mulheres.
Beatriz Ângelo foi também a primeira mulher a votar em Portugal. Numa altura em que o direito de voto era concedido aos cidadãos portugueses, maiores de 21 anos, sabendo ler e escrever e chefes de família, a persistência de Beatriz Ângelo, a ambiguidade da lei e facto de trabalhar, ser viúva e ter a seu cargo uma filha, permitiram-se lutar pela defesa do seu direito.
Votou em Lisboa, em 28 de Maio de 1911, para eleição dos deputados da Assembleia Constituinte, ato amplamente noticiado em Portugal e felicitado em diversos países do mundo pelas associações feministas.
Em 1913, a lei eleitoral portuguesa foi alterada, consagrando o direito de voto a cidadãos portugueses do sexo masculino.
Beatriz Ângelo foi sem dúvida uma mulher marcante na história portuguesa, com um percurso interrompido pela sua morte prematura. Morreu aos 33 anos, em 3 de Outubro de 1911.
Em sua homenagem, existe uma praceta em Famões, concelho de Odivelas, uma rua (no Bairro do Pinheiro), uma Escola EB 2,3 na cidade da Guarda, e um hospital em Loures em homenagem a esta figura histórica

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