Gilberto Freyre: Casa Grande&Senzala

415 palavras 2 páginas
GILBERTO FREYRE

Casa-grande & Senzala:

A Casa-grande abrigava uma rotina comandada pelo senhor de engenho, cuja estabilidade patriarcal estava apoiada no açúcar e no escravo. O suor do negro ajudava a dar aos alicerces da casa-grande sua consistência quase de fortaleza. Ela servia de cofre e de cemitério. Sob seu teto viviam os filhos, o capelão e as mulheres, que fundamentariam a colonização portuguesa no Brasil. Embora diretamente associada ao engenho de cana e ao patriarcalismo nortista, a casa-grande não era exclusiva dos senhores de engenho. Podia ser encontrada na paisagem do sul do país, nas plantações de café, como uma característica da cultura escravocrata e latifundiária do Brasil.

A miscigenação consiste na mistura de raças, de povos e de diferentes etnias.

A obra de Gilberto Freyre constitui um formidável documento de cultura luso-brasileira: três heranças - a portuguesa, a indígena e a negra - misturaram-se por intoxicação erótica para formar o Brasil: a miscigenação - isto é, a mestiçagem - é, fundamentalmente, um fenómeno sexual. O Brasil nasceu de uma cópula a três, uma cópula que envolve três figuras culturais - o colonizador português, o indígena culturalmente infantil e o co-colonizador que é o negro: «Quanto à miscibilidade, nenhum povo colonizador, dos modernos, excedeu ou sequer igualou nesse ponto aos portugueses.

Sobrados e Mucambos:

Depois de analisar, em Casa-grande & senzala, a formação da família e da sociedade brasileira, Gilberto Freyre expõe em Sobrados e mucambos, toda a decadência do patriarcado rural entre os séculos XVIII e XIX que, enfraquecida com o declínio da escravidão e pressionada pelas forças da modernidade vindas do exterior, perde espaço, prestígio e poder. A aristocracia se vê obrigada a trocar as casas-grandes por sobrados urbanos, enquanto seus ex-escravos se alojam em casas de pau-a-pique nos bairros pobres da cidade.

Em Sobrados e Mucambos, Gilberto Freyre analisa a decadência do patriarcado

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