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5107 palavras 21 páginas
Vermelho como o céu", filme de Cristiano Bortone, Itália, 2006

“Per me la voce è lo specchio dell'anima”
Mirco Mencacci

O filme retrata muitos temas de um modo sensível, poético e claro, nos convidando delicadamente a pensarmos nossas vidas e, como o título sugere, o vermelho vai tonalizar o filme todo. Vermelho que simboliza a paixão, o calor, o afeto e o desejo, a criatividade. O apaixonado vermelho como a cor que tinge a espiritualidade azul, fria e distante do céu.
Nele, vemos motivos que se ramificam, como a década de 70 e o movimento estudantil e social que eclodiu nesse período, a força repressora que um estado, ou uma pessoa, podem exercer, a passeata de estudantes, um método de ensino preconceituoso, jogos e manipulações que acontecem dentro das relações pessoais, o nascimento do Amor, o poder expansivo e germinativo da criatividade e da imaginação, a dor e a tragédia e a superação dos seus limites. Acredito que seja mais tocante por ser uma história verídica.
Somos convidados a ver e a participar de outro modo de nossa própria história pessoal, política, e social, perguntando-nos se é possível ter mais compromisso e mais envolvimento com os outros, testemunhar e colocar mais fé na criatividade humana e no que ela é capaz de vencer. E ser leal a ela.
Perguntamo-nos se vivenciamos a Verdade, vocação de cada um, presente, viva e atual, e que termina por ser a vencedora, mesmo sem procurar por ser isso. ‘Vence’ porque é de seu feitio CRESCER E EXPANDIR, superando os obstáculos, num movimento semelhante ao que diz a música, “bendita onda que invade a casa do traidor”[1]. Essa parece ser a dinâmica cujo testemunho é evidente na história de Mirco.
Proponho olhar o filme como nós junguianos olhamos e verificar se nessa história de vida nós podemos reconhecer a dinâmica e cor da Alma, seu movimento, sua paixão, seu fogo.
Fenômeno da vida, a Alma está presente e ativa em nós, pessoas comuns e desconhecidas que somos e, sigilosamente,

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