Gestão

Até onde dá para cortar?

A reportagem da Revista Exame, edição 1040 nos faz refletir sobre um problema que a maioria das empresas vem enfrentando há tempos, como cortar custos e manter a qualidade nos produtos e serviços prestados?
Ela relata a luta da Gol que nasceu em 2001 com uma proposta inovadora, ela possuía aeronaves mais novas, estrutura mais enxuta e custos menores que seus concorrentes.Mas com o passar dos anos o que era simples se tornou complexo e para se manter no mercado começou a corrida para redução de custos.
Para se ter idéia para cada avião que decolou em 2012 a Gol perdeu 3.200 reais. Um prejuízo de 1,5 bilhão de reais no ano.
Em janeiro, a Gol enviou a seus funcionários um plano com mais de 40 medidas para reduzir despesas. O objetivo é cortar custos como nunca se viu numa empresa do setor brasileiro.
Essas reduções vão desde uma simples redução do cartão de embarque até voarem com menos combustível, antes destas medidas a Gol costumava decolar com mais de o dobro de combustível necessário.
O preço do combustível subiu 40% em dois anos, mas preocupada em ganhar mercado a Gol como outras empresas aéreas fecharam os olhos para este aumento.
A redução de peso é outro fator que preocupa a Gol, ela esta diminuindo a quantidade de água nos banheiros de 80 para 40 litros. Até os manuais de papel que pesavam 40 quilos serão substituídos por dois computadores que pesam 16 quilos.
As poltronas estão sendo trocadas por modelos mais leves, a empresa passou a voar com água mineral suficiente para apenas uma parte dos passageiros.
Essas medidas não afetam somente os passageiros, mas também a tripulação, eles não recebem mais comida em todos os vôos, a qualidade nos uniformes caiu muito. Acostumados a se hospedarem em hotéis 5 estrelas, os tripulantes se queixam da queda da qualidade da hospedagem e da distância dos novos hotéis até o centros das cidades.
O número de tripulantes também diminui hoje quem senta na primeira fila pode ser solicitado