Gestalt

Para se ver o mundo de uma forma organizada, em que os objetos e as superfícies estão fisicamente separados, é fundamental que a cena apreciada contenha algumas partes que se destaquem das demais. Como já foi apontado em 1915 pelo psicólogo dinamarquês Edgar Rubin, a parte que se apresenta como possuindo uma forma distinta e nitidamente definida é conhecida como figura e o restante se chama fundo. No caso mais simples de todos, em que o campo visual total consiste somente em duas porções diferentes, uma dessas porções possui maior probabilidade de ser vista como figura(sendo também a que parecerá encontrar-se mais próxima do observador), enquanto a outra parecerá como fundo. Nas configurações ambíguas, a figura e o fundo podem ser revertidos por meio de uma mudança na atenção. Se você muda o foco da atenção, muda também a região vista como figura. Além do mais, a organização vista como figura também pode ser facilitada por fatores cognitivos. Rubin identificou as principais diferenças perceptuais entre figura e fundo como endo as seguintes:
1. A figura possui qualidade de uma "coisa" que possui um contorno delimitando sua forma. Por outro lado, o fundo, tem a qualidade de uma "substância" aparecendo relativamente sem forma.
2. A figura parece estar mais perto do observador e se situar na frente do fundo, ao passo que este parece ter uma localização menos precisa, estendendo-se continuamente por detrás da figura. Wong e Weisstein(1982) observaram que um estímulo-alvo é mais bem percebido quando aparece na região vista como figura do que quando visto contra o fundo.
3. Comparada com o fundo, a figura parece causar maior impressão, exercer maior dominância e ser mais lembrada. Além disso, a figura sugere mais associações de formas significativas do que o fundo.
Além das diferenças de percepção entre figura e fundo identificadas por Rubin, existem efeitos notáveis de figura e fundo relacionados à percepção de luminosidade de uma determinada área. Se uma região