Gestalt

Sem dúvida um dos assuntos menos discutidos no nosso universo é a Gestalt.
Quer dizer… já vi muita gente que diz entender do assunto. Mas quando caímos na prática, a galera desliza. E não vejo problema nisso, afinal, esse não é um assunto acessível e fácil.
No entanto (minha opinião) ele é essencial. Infelizmente estudar sobre o tema aqui no Tupiniquim não é moleza. Não por ser complexo, mas pela falta da abordagem ou pelo excesso de superficialidade de grande parte dos cursos de formação (gráfica) do nosso país.

Pra quem não conhece sobre o assunto: Gestalt é um estudo da psicologia, também conhecido como Psicologia da Forma, que – basicamente – trata sobre o processo em que seu cérebro percebe, interpreta e organiza as informações visuais que você vê por aí. Em outras palavras: sabe quando você olha algo que é bonito, mas que lá no fundo não te convence ou até te incomoda? Isso acontece porque sua mente sabe que “a Gestalt não está completa”, e consequentemente “tem algo errado ali”.

Sua cuca organiza naturalmente aquilo o que você vê (objetos, cenário, interferências, etc) seguindo alguns padrões racionais. Padrões estes que o estudo da Gestalt categorizou em quatro pilares. Um deles, que você já viu bastante, foi muito usado pelo Escher: a Segregação.

Embora exista harmonia entre os objetos, eles pertencem a diferentes grupos. E seu cérebro só consegue interpretá-los segregando-os do todo. Outro dos quatro pilares é essa nossa tendência de estruturação: a mania de agrupar objetos e tentar encontrar os padrões entre eles. Parte do seu dia a dia, não? :)

A Gestalt é um assunto que vale todo o investimento do seu tempo, dinheirinho e paciência. E, embora muitos digam que ele faz parte de um laboratório de estudos do século passado e que não cabe mais em nosso universo, eu digo: bullshit!

Além dos quatro pilares que citei (dois), os estudos apontam uma dúzia de fundamentos importantíssimos para a composição (de imagens e construção de idéias),