Gestão de pessoas liderança
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E APOIOS AFETIVOS
As relações interpessoas com seus concomitantes e possíveis apoios afetivos ocorrem nas organizações e, particularmente, nas equipes de trabalho como decorrência natural da convivência e da tendência à conectividade que é própria do “ser-humano-em-relação”.
Entretanto, tal “estado de coisas” não se dá naturalmente, pois ele é uma construção que depende das inúmeras interações entre os vários participantes daquele grupo ou/e daquela comunidade, conforme pautas de comportamentos e valores que vão se estabelecendo e se definindo ao longo dessas mesmas interações.
O que é uma construção em termos de relacionamento? Primeiro, não é algo planejado ou com objetivos claros, mas o resultado de interlocuções e outras formas de auto-expressão e intercâmbio que se dão através de gestos, modos de vestir-se e apresentar-se, movimentos corporais, bem como movimentos de aproximação e distanciamentos no espaço virtual que se estabelece entre as pessoas.
A relação interpessoal no interior dos grupos e das organizações, contudo, nem sempre navega em águas claras e com ventos favoráveis. Muitas vezes, há turbulências que perturbam o curso dos acontecimentos e criam “furacões” interiores, capazes de perturbar desempenhos, conquistas e realizações, tanto dos indivíduos como das instituições, obrigando a recuar em relação aos avanços já alcançados. Por exemplo, um recém-admitido, cheio de títulos e ambições, chega na empresa querendo dar o melhor de si, contribuir com idéias que ele, em sua “santa ingenuidade”, pensa ser novas e instigantes. Uma semana depois está desiludido, sofrendo um processo de isolamento e sem espaço sequer para expressar suas opiniões, muito menos seus sentimentos. Um mês depois, resolve recorrer à psicoterapia e, então, em um ano de tratamento, aprende habilidades sociais e desenvolve sua inteligência emocional. Aos poucos, vai se entrosando no seu grupo de trabalho