Germinal

Faculdade Federal de Juiz de Fora
Aluno: Clara Mineiro Cordoeira
Professor: Isaura Gomes de Carvalho Aquino
Serviço Social e Questão Social
Abril 2015.1

Relatório/Germinal

Percebe-se no filme “Germinal” as precárias condições de vida e de trabalho dos operários de minas de carvão e suas conseqüências. Logo no começo, o personagem “Boa Morte” desabafa sobre seus 50 anos trabalhados e retrata perfeitamente a falta de equipamentos de segurança. Doenças respiratórias, morte por desabamento e alagamento são exemplos claros do que acontecia com esses mineiros. A jornada de emprego era longa, chegando a 16 horas por dia, e a procura por trabalho era grande por conta do desemprego em massa. Mesmo as condições sendo impróprias era a única saída encontrada por eles. A miséria de inúmeras famílias e a grande desigualdade social são fortemente retratados, onde muitos tem pouco e poucos tem muito. Isso acarreta em uma prostituição do corpo em troca de alimentos e roupas, como propõe o personagem do dono da venda em que muitas donas de casa pediam mantimentos. Como eram extremamente pobres, atividades de lazer era praticamente escasso, o que tornava as relações sexuais a única diversão da maioria do povo e as famílias muito numerosas. Os filhos trabalhavam nas minas desde cedo, assim como algumas mulheres, o que era uma necessidade, pois passavam muita fome e quanto mais pessoas trabalhavam, maior seria a renda familiar. Porém, as mulheres eram bastante descriminadas e as condições de se trabalhar em uma mina eram inúmeras vezes pior em comparação a um homem. Tinham que ficar peladas por conta do calor e a maioria passava muito mal, além de ter que tomar conta de sua casa e de seus filhos. Além disso, a violência domestica era comum e as mulheres tinham que se sujeitar aos seus maridos. Quanto aos patrões, eram implacáveis e não se importavam com a saúde nem com as condições oferecidas aos seus empregados.