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Energia e desenvolvimento em meio ao lixo
Em meio à discussão sobre os impactos de uma das piores crises energéticas da história do Brasil um outro setor tão ou mais grave emite sinais de alerta sem o mesmo alarde: o lixo. São 150 mil toneladas de resíduos urbanos que brotam em nossas ruas diariamente, despejados a céu aberto em mais da metade das cidades brasileiras. A lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, prestes a completar 5 anos, não tratou de um ponto que pode aliar a solução dos dois problemas, com a queima do lixo urbano para a geração de energia elétrica.
Para enfatizar a quantidade de lixo produzida no País e que não tem destinação correta, em 30 dias seria possível dar 187 voltas em torno da Terra com os 375.000 caminhões enfileirados que seriam necessários para coletar todo o material. Os governos federal, estaduais e municipais gastam milhares de reais todos os anos só com a coleta dos resíduos e o acúmulo deles em soluções paliativas, como os aterros.
O dinheiro público que vira montanhas de lixo esconde outra solução. A geração de energia elétrica pode desafogar principalmente o abastecimento público e diminuir a sobrecarga do setor que responde a mais da metade da inflação oficial e teve um aumento de 60% em 12 meses. A cada 20 anos um novo aterro é necessário, com disposição final inadequada e grandes impactos ambientais. A alternativa que tem se tornado a mais acertada no mundo é o tratamento térmico do lixo nas chamadas usinas “lixo-energia” (WTE). A maior delas, localizada em Amsterdã, produz energia para abastecer 100% da iluminação pública da cidade e os resíduos incinerados viram matéria-prima para a pavimentação de vias públicas e a utilização na construção civil.
Temperaturas elevadas associadas a um sofisticado sistema de limpeza dos gases da combustão satisfazem as normas ambientais mais exigentes. São cerca de 650 destas usinas em operação nos países desenvolvidos. O maior destaque, no entanto, é a

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