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O FUNCIONALISMODiante das críticas ao behaviorismo analítico e à teoria da identidade, surgiu uma proposta que não era um dualismo, nem queria explicar toda nossa atividade mental em termos neurobiológicos ou comportamentais, mas que reconhecia que os estados mentais têm um nível de descrição que está acima do nível físico: o funcionalismo.
Os partidários desta teoria concebem a mente em termos de uma função. Podemos entender a função de uma coisa como o trabalho que ela realiza, tal como um termostato, que a partir dos dados do ambiente, pode acionar ou desligar o aquecimento. Mais sofisticado, um computador recebe dados de entrada (inputs) e, por meio de um algoritmo, isto é, um conjunto de instruções de um programa, os transforma em dados de saída (outputs). Diante do fato de que um computador pode utilizar diversos algoritmos, sua função é computar funções.

Hilary Putnam
Nascido em Chicago, EUA, Hilary Whitehall Putnam é um filósofo especializado em filosofia da mente e da linguagem, além da filosofia da matemática. Publicou obras como O Colapso da Verdade e Corda Tripla, ambos publicados no Brasil em 2008, pela editora Ideias e Letras
Tendo isto em vista, na década de 1970, Hilary Putnam argumentou que o computador digital seria uma ótima analogia para nossas relações mente-cérebro, isto é, a mente corresponderia ao software e o cérebro, ao hardware. Nesse sentido, os estados mentais de uma pessoa são definidos em termos de seu papel funcional/causal que exerceriam entre uma informação sensorial ou perceptiva (input) e o comportamento (output). Neste contexto, a "dor" é definida como o sistema de relações que ocorre entre uma picada de abelha no meu braço e o meu gemido. De forma mais clara, a lesão no tecido decorrente da picada e o meu gemido são eventos que isoladamente não definem o que é a dor. Para tanto, é necessário tomá-la como uma função que envolve relações causais entre a picada (input) e o gemido (output). Assim, um estado mental tem uma

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