geopolitica

Apesar de toda a polémica em torno deste ponto, é impossível não afirmar que ambos estes autores têm uma influência comum, sendo esta a Teoria do Heartland de Mackinder. Esta teoria geoestratégica significa literalmente, Coração da Terra, estando este localizado numa zona territorial que abrange os continentes europeu e asiático (no centro da Euroásia, estendendo-se do Volga ao Yangtzé e do Himalaia ao Ártico), e que recebe o nome de Euroásia ou Ilha Mundial. Esta região foi controlada principalmente pelo Império Russo e posteriormente pela União Soviética. Para Mackinder, quem controlasse o Heartland, controlaria o poder do mundo. Haushofer foi especialmente influenciado por esta teoria, ajustando-a de forma a favorecer as teses da Alemanha como centro do poder terrestre; esta teoria foi igualmente uma das propulsoras da invasão de Hitler à União Soviética. Outro ponto comum entre ambos os autores (Haushofer e Spykman), é o fato de ambos presenciarem a 2ª Guerra Mundial, porém não vivenciam o pós-guerra, ou seja, a Era Nuclear e a Guerra Fria, deixando apenas especulações para este período. De fato, as similaridades terminam por aqui. Enquanto Haushofer aborda sobretudo o poder nacional e equaciona a tendência natural dos Estados fortes para alargarem as suas zonas de influência, Spykman aborda o poder global, ou seja, a ambição de projetar o poder a nível mundial com o objetivo de se colocar numa posição de hegemonia e garantir o sucesso em caso de conflito generalizado. Para exemplificar as diferenças que se seguem, Spykman critica fortemente Ratzel (uma influência de Haushofer), rejeitando o determinismo geográfico alemão. Comecemos por falar de Haushofer, patriarca da Escola de Munique. A Escola de Munique tem como principal preocupação a recuperação da Alemanha, tendo esta um historial destruidor, tendo atingido o apogeu com Bismark porém saindo derrotada e humilhada da 1ª Guerra Mundial. Criou-se assim a ideia que a Alemanha não ocupava no contexto