Gentrificação

Gentrificação
Gentrificação é o fenômeno de enobrecimento de uma determinada região urbana, seja por meio da revitalização de locais degradados ou pela atração de capital e pessoas que obras de grande porte, como shoppings e hipermercados, causam, e que tem como consequência a valorização e o aumento da renda da terra. Este processo é cosmopolita e provinciano, geral e local, isto é, aplica-se na pequena e na grande escala, comparando-se bairros e países.
Esta reestruturação urbana é produto do desenvolvimento desigual do capitalismo e da desvalorização do capital investido no ambiente construído. Concomitantemente a ela, acontece a suburbanização que é um processo de descentralização gerado por um impulso em obter lucro pela renda da terra, além do rent gap , que seria a distribuição populacional no território devido as diferenças de renda, ou seja, o movimento de saída de capital para a periferia provoca uma alteração na renda do solo dos subúrbios e dos bairros centrais. Enquanto o valor da terra no subúrbio aumenta, devido as novas construções , infra-estrutura e por consequência dos serviços e outras atividades desenvolvidas, o valor fundiário do centro diminui, assim como o capital disponível para a manutenção e reparação que ocasiona, assim, degradação da área.
Desse modo, um processo é consequência do outro e ambos estão ligados não somente a fatores econômicos, mas, também, políticos, uma vez que os interesses dos proprietários de terras, imobiliárias e governos podem interferir no deslocamento do polo econômico dos centros para as periferias e o inverso.
De maneira sucinta, a transferência de capital para a criação de paisagens suburbanas (no caso da expansão das fronteiras) e o consequente rent gap que ocasionam a desvalorização das áreas centrais. Assim cria-se a oportunidade de revitalizar regiões subdesenvolvidas da cidade, num ciclo que alterna entre valorização e desvalorização das áreas periféricas e centrais.
A partir de então, o órgão