Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo

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Um primeiro ind�cio � para esta corrente � da suposta continuidade seria a Inconfid�ncia Mineira, em 1789. Nesse sentido, para Schwartz ainda que de maneira difusa, no final do s�culo XVIII �[...] v�rios membros da sociedade colonial come�aram a reivindicar o lugar de �filhos da terra� e a constituir o �povo� do Brasil, mas agora sob a influ�ncia da Revolu��o Francesa, com um novo significado inclusivo�.

�apesar do reconhecimento do potencial econ�mico do Brasil, este era visto pela maioria dos portugueses como um lugar de ex�lio e perigo; um lugar para enriquecer ou progredir na carreira, mas um lugar a ser evitado a qualquer custo�.

Embora fosse desej�vel para a inven��o da narrativa nacional que um sentimento de identifica��o com o Brasil j� estivesse presente desde os prim�rdios da coloniza��o, o fato � que durante s�culos, a �nica perspectiva identit�ria realmente existente, para as pr�prias elites, era a portuguesa. O sentimento de identidade nacional � se � que pode ser entendido assim � em pleno
Brasil, era luso ou inexistente. Isso dificultava o surgimento de uma identidade brasileira, uma vez que nada vinculava subjetivamente os portugueses � mesmo os n�o rein�is � ao Brasil. A rela��o dos colonizadores era, na realidade, de espolia��o. O que se buscava era o enriquecimento individual e o retorno a Portugal.

�� preciso considerar, tamb�m, a dimens�o geogr�fica desse processo. O Brasil n�o era, em realidade, apenas um, mas era constitu�do por uma s�rie de col�nias. Os Ingleses tinham raz�o quando falavam, nos s�culos XVII e XVIII, dos �Brasis�, pois havia de fato mais de uma col�nia�.

A extens�o do que implicava a condi��o colonial para o surgimento de uma identifica��o nacional � bem demonstrada por impedimentos que s�o de ordem pol�tico-administrativa. Al�m do �mbito subjetivo, encontrava-se a pr�pria quest�o do espa�o colonial, da disparidade de seu desenvolvimento e de sua delimita��o pol�tica.

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