Genotoxicidade de rações preparadas à base de arroz com diferentes tipos de processamento
Marília da Costa Alvarengo; Jander Luis Fernandes Monks; Leandro Fernandes Monks; Elizabete Helbig; Moacir Cardoso Elias; Daniel Prá; Maria da Graça Martino-Roth.
Resumo
Estima-se que o arroz é frequente à mesa de dois terços da população mundial, constituindo-se no principal alimento em vários países. Diversos fatores podem interferir no valor nutritivo do arroz, entre eles destacam-se a diferença entre genótipos, as condições ambientais, as práticas culturais utilizadas durante o plantio, bem como as operações de pós-colheita e os processos de beneficiamento (p.ex. polimento dos grãos). O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito genotóxico de rações compostas de arroz branco com diferentes graus de polimento, em comparação ao arroz integral ou ração padrão (AIN-93M). Ratos machos da linhagem Wistar com 120 dias de idade receberam diferentes preparados à base de arroz, ad libitum durante 1 mês na Universidade de Federal de Pelotas e o ensaio cometa em sangue periférico e o teste de micronúcleo em medula óssea foram executado no final do tratamento pelo Laboratório de Genética da Universidade Católica de Pelotas. Cinqüenta e quatro ratos divididos em nove grupos (n=6) foram tratados, sendo 1 grupo controle (AIN-93M), 1 grupo com arroz integral, 4 grupos com arroz branco polido (7-9%, 9-11%, 11-13% e 14%) e 3 grupos com arroz parbolizado (autoclavagem de 0,5; 0,7 e kgf.cm-2). Utilizou-se um protocolo padrão do ensaio cometa com coloração por nitrato de prata e análise visual de 100 células por rato. Para o teste de micronúcleos, eritrócitos policromáticos de medula óssea foram fixados com metanol e ácido acético 3:1, e coradas com giemsa a 2%, sendo analisados 2.000 células por animal, quanto a presença ou ausência de micronúcleos. Os resultados indicam ausência de aneugênese/clastogênese e genotoxicidade para todos os grupos. Os resultados do