genetica

1 Introdução
A ética pode ser definida como a ordenação dos valores culturais tradicionais que constituem a maneira de sentir, pensar e agir da sociedade. Obviamente esses valores são mutáveis dentro de uma mesma cultura ao longo do tempo e por vezes muito contrastante em duas culturas ou sociedades contemporâneas.
A Bioética é um ramo da Ética que abrange grande área interdisciplinar, de extrema importância na sociedade atual. Tem o escopo de elucidar e solucionar questões éticas provocadas pelo avanço das tecnociências biomédicas. Baseia-se na análise rigorosa dos fatos, buscando meios coerentes para a resolução de dilemas morais relacionados à vida. Constitui um conceito amplo, com quatro aspectos importantes: compreende os problemas relacionados com valores que surgem em todas as profissões de saúde, inclusive nas profissões ”afins” e nas vinculadas à saúde mental; Aplica-se às investigações biomédicas e as do comportamento independentemente de influírem ou não de forma direta na terapêutica; Aborda uma ampla gama de questões sociais as quais se relacionam com a saúde ocupacional e internacional e com a ética do controle de natalidade, entre outras; Vai além da vida e da saúde humanas, pois compreende questões relativas à vida dos animais e das plantas, por exemplo no que concerne às experimentações com animais e a demandas ambientais conflitivas.
A Bioética tem suas raízes etimológicas no grego, onde bios significa vida e o termo ethos quer dizer “modo de ser” ou “ caráter”, no sentido similar ao do “forma(s) de vida(s) adiquirida(s) pelo homem”.
O campo da Bioética surge como uma resposta às exigências morais da comunidade científica e da sociedade em geral. Seus princípios básicos tentam nortear as pesquisas mais recentes. A vida é o bem mais precioso de um ser humano e, por conseguinte, deve ser respeitada, assim como sua dignidade em todos os aspectos. Desse modo o questionamento é de extrema importância: quanto vale a vida de uma pessoa? É justo