genética

POTENCIALIDADES E RESTRIÇÕES DO USO DO BURITI: DO EXTRATIVISMO À
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NUMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
NO SUL DO PIAUÍ

EIXO TEMÁTICO:
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO E ECONOMIA E MEIO AMBIENTE

RESUMO:
O Brasil é um dos países com maior riqueza em biodiversidade. Dentre os seus principais biomas, destaca-se o Cerrado, que ocupa a porção central do Brasil, umas das regiões de maior biodiversidade do planeta. Devido a grande riqueza biológica este bioma é considerado um dos hotspots mundiais, ou seja, um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta. Apenas 0,85 % do Cerrado é protegido por Unidades de Conservações (UC) federais, implantadas em áreas com relevantes interesses ecológicos, com finalidade de preservação e/ou conservação dos recursos naturais ali presentes. Uma dessas UC é a Estação Ecológica (ESEC) de Uruçuí-Una, localizada no sudoeste piauiense, possuindo importantes características naturais
(flora e fauna), além de uma imensa malha hídrica formada por diversos riachos que, em conjunto com outros fatores, oferece condições excepcionais para o surgimento de uma rica biodiversidade. Na ESEC existem diversas comunidades tradicionais, crescentes e incompatíveis com uma Unidade de Proteção Integral (UPI) (SNUC,
2000), gerando conflitos de várias ordens, estes últimos, não resolvidos, entre outros fatores, pela demora dos órgãos governamentais em solucionar questões de realocação e/ou regularização de moradores. Das atividades desenvolvidas pelas famílias dessas comunidades tradicionais, foi destacada neste trabalho, a dinâmica de uso e funções da palmeira buriti (Mauritia flexuosa), fundamentados na necessidade de adentrarmos numa temática que relaciona o uso da terra pelos povos e comunidades tradicionais à proteção da biodiversidade, relacionando-as com o buriti, visto como recurso natural de uso comum com potencialidades econômicas (extrativismo), verificando as relações existentes, a cadeia produtiva, a