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Os super-heróis são seres sobre-humanos e que por isso mesmo superam as limitações humanas. Segundo Jacques Marny, “eles são personagens vivos, mágicos da ilusão e da fantasmagoria, mas também são mestres do sonho e símbolo do desejo de poder” [2] . É justamente aí que encontramos a relação entre super-heróis e inconsciente coletivo. Mas antes de tratar desta relação é preciso analisar o que é o inconsciente coletivo. Freud dizia que o universo mental (ou, segundo suas palavras, “aparelho psíquico”) do indivíduo era composto pela consciência e pelo inconsciente (inicialmente ele o dividia em dois componentes – princípio de prazer e princípio de realidade – e posteriormente em três – id, ego e superego –, embora um grande número de psicanalistas prefiram utilizar sua concepção inicial). O inconsciente era produto da repressão que a sociedade fazia aos instintos do indivíduo, o lugar onde vivem os desejos reprimidos.
Freud nunca usou a expressão “inconsciente coletivo”, considerando que não haveria nenhuma vantagem com sua utilização, embora aceitasse a idéia de um conteúdo coletivo para o inconsciente, tal como propôs Jung [3] . O primeiro a se referir a um inconsciente coletivo foi o seu colaborador e posteriormente dissidente, Carl Gustav Jung, que forneceu uma visão metafísica deste conceito, que representaria, segundo ele, arquétipos universais e imutáveis. A renovação ocorreu com Erich Fromm (embora ele fale de “inconsciente social” e não em “inconsciente coletivo”).
Erich Fromm define inconsciente social da seguinte maneira:
“A diferença entre a expressão de Jung, ‘inconsciente coletivo’, e o ‘inconsciente social’ aqui empregada é a seguinte: o ‘inconsciente coletivo’ indica diretamente a psique universal, grande parte da qual não pode nem mesmo tornar-se consciente. O conceito de inconsciente social parte da noção do caráter repressivo da sociedade e se refere àquela parte específica da experiência humana que uma determinada sociedade não permite que

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