Galileu galilei

Os fazendeiros no poder Os cafeicultores conseguiram chegar ao poder e controlar a máquina do Estado no período em que acontecia desvalorização do café. A principal causa dessa crise era o aumento da produção, que resultava na queda do preço do produto no mercado internacional. A dívida externa brasileira tinha aumentado muito com a política do Encilhamento. A queda dos preços do café diminuía a arrecadação dos impostos de exportação. Além disso, a inflação estava muito alta e a moeda brasileira bastante desvalorizada. O Brasil estava á beira da falência e precisava fazer empréstimos para pagar suas dívidas e o juro fazia essas dívidas geravam.

Políticas de valorização do café

Campos Sales, sucessor de Prudente de Morais, que governou o país de 1898 a 1902, teve de renegociar a dívida externa com outros banqueiros ingleses. O governo brasileiro fez um empréstimo de 10 milhões de libras, suspendeu o pagamento do juro da dívida por 3 anos e o pagamento da dívida por 11 anos. As garantias para o empréstimo eram as rendas da alfândega do Rio de Janeiro. Essa medida foi chamada de funding loan, ou dívida flutuante, e significou um alívio para os cafeicultores, que poderiam aguardar uma alta no preço do café.

O coronelismo: voto de cabresto e curral eleitoral

Ao longo do Império brasileiro, as eleições eram frequentemente fraudadas, e esse costume permaneceu após a proclamação da República. As fraudes eram facilitadas pelo voto aberto, pelo qual os eleitores declaravam á mesa eleitoral em quem iam votar. Cerca de 70% da população vivia na zona rural, sob a influência direta dos grandes latifundiários, os ‘‘coronéis’’, que escolhiam os candidatos aos cargos executivos e legislativos para dar seu apoio. Em troca, obtinham favores das autoridades, como construção de escolas, hospitais, estradas ou postos de saúde, que a população julgava ser obra de coronéis, e não do poder público. Para conseguir os votos para seus