Gadamer e a reflexão entre Habermas e Apel

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Gadamer e a reflexão entre Habermas e Apel

Gadamer parte da tradição hermenêutica à análise do ser. Nunca pretendeu fundamentar as ciências do espírito e sim reformula a filosofia. Trata-se de um paradigma novo para a filosofia enquanto tal, tornando possível a partir da consideração da linguagem, que vem para o centro da reflexão filosófica. Precisamente porque a hermenêutica vai pensar historicamente a problemática da constituição do sentido é que Apel vai considerá-la uma postura aberta a uma mediação entre os conteúdos espirituais e a práxis contingente e material.
A hermenêutica de Gadamer é conscientemente uma “hermenêutica da finitude”, que nossa consciência é determinada pela história.
Compreendemos a partir de nossos pré-conceitos gestados na história, assim, a tradição não pode ser absolutizada e o reconhecimento de sua influência não pode ser feito sem crítica. Nesse ponto que teve início o debate de Habermas com Gadamer sobre o reconhecimento da tradição.
A influencia da historia sobre nós independe da consciência que temos dela: é apartir dela que conhecemos, valorizamos, nossa tomadas de posição no mundo. Logo, é visto que a preocupação fundamental do pensamento de Gadamer é a superação da filosofia da subjetividade; assim revela ilusório o ideal de transparência plena do sujeito, articulado na filosofia moderna da consciência, como também o ideal do conhecimento pleno dos acontecimentos históricos. A reflexão hermenêutica é essencialmente uma reflexão sobre a influência da história. Assim, não é a história que nos pertence, na verdade nós é que pertencemos a ela.
A compreensão é a tese central de Gadamer, e a linguagem é o meio no qual se efetiva o entendimento entre os parceiros sobre a coisa em questão. Toda compreensão é interpretação, e toda interpretação se desenvolve no seio da linguagem, quer deixar o objeto vir à palavra e, ao mesmo tempo é a linguagem própria ao intérprete. Assim o problema hermenêutico se revela como

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