GabrielaMarko

21488 palavras 86 páginas
O que é uma escola justa? Um estudo exploratório das percepções de alunos(as), professores(as) e gestores(as).

Aluna: Gabriela Marko
Programa: PIC/FEUSP
Orientadora: Flávia I. Schilling

Resumo: A pesquisa em questão discute as percepções de alunos(as), professore(as), coordenadores(as) e diretores(as) de uma instituição de ensino da rede pública de São Paulo. Para tanto, foi necessário elaborar um instrumento a partir do qual foi possível identificar tais percepções, aplicado inicialmente na própria FEUSP, em uma sala de aula. O questionário foi escolhido como a ferramenta mais adequada, por permitir coletar dados quantificáveis sobre o perfil dos respondentes bem como respostas por questões abertas. Foram analisados 161 questionários no total.
As percepções sobre a escola justa variam minimamente de acordo com o público que responde a pergunta. Há, majoritariamente, um reconhecimento de injustiças na escola (e no mundo) centradas na violação do princípio da igualdade relacionadas com o desrespeito e a retribuições injustas.

Palavras-chave: Escola justa, percepções, igualdade-diferença.

1. Introdução
A educação como um direito humano é uma questão importantíssima dentre as discussões sobre os direitos humanos. Na busca das traduções e significados necessários para garanti-la, percebe-se que a escola – ou instituição de educação –, segundo a Declaração dos Direitos Humanos de
1948, trabalharia em duas vertentes fundamentais: o direito de acesso (a todos e todas) e o direito a uma permanência onde se realizaria aquilo para o qual é destinada, a possibilidade de conhecimento de todas as manifestações científicas, culturais que constituem o patrimônio da humanidade e a possibilidade de vivermos juntos, ou a construção da paz. Ou seja, o direito à educação e a responsabilidade de uma educação de qualidade compõem a concepção de “educação como um direito humano”.
Essas duas dimensões aparecem muito bem articuladas no artigo de
François Dubet “O que é uma escola

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