Fé e razão

• Conciliar razão e fé

Durante toda a Idade Media, prevaleceu a necessidade de harmonizar a herança filosófica Greco-romana com os princípios do cristianismo. Buscava-se conciliar razão e fé. Os filósofos medievais encontraram em Platão e Aristóteles os fundamentos teóricos para efetivar a conciliação. De um lado surgiram os seguidores do platonismo, como Santo Agostinho. De outro os adeptos do aristotelismo, como Santo Tomás de Aquino. O tomismo se caracterizou pela tentativa de conciliar a autoridade da Igreja com o saber aristotélico. A fé e a razão, conciliadas, fazem do homem um ser realizado que pode melhorar a si e sua sociedade.

• A razão que tudo ilumina A crença do poder ilimitado da razão, que marcou o pensamento moderno atingiu seu apogeu com o iluminismo, no século XVIII, também conhecido por Século das Luzes, somente as “luzes” da razão natural seriam capazes de indicar e iluminar o caminho para atingir o verdadeiro conhecimento. O uso da razão era considerado indispensável para o conhecimento e compreensão dos fenômenos naturais e sociais. Immanuel Kant filósofo alemão, foi um dos principais representantes do iluminismo, submeteu a razão a um exame criterioso para verificar a possibilidade, o alcance e os limites da razão como instrumento de acesso ao conhecimento.
A existência de Deus, a imortalidade da alma e a liberdade humana são postuladas pela razão prática e moral e jamais pela razão pura. A razão abdica de suas exigências próprias em favor de uma instância meta-racional, cuja autoridade não se discute. A razão é tida, por alguns, como instrumento não de demonstração, mas de afirmação da fé. É pelo uso correto da razão que os homens se descobrem e se realizam, encontram o sentido para existirem. A razão está em todos os sentidos de quem vive dentro de um princípio de seriedade, de busca constante pelas verdades. Segundo os racionalistas a razão produz todo e qualquer conhecimento e eles a fundamenta como