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645 palavras 3 páginas
Descartes considera que a experiência, dados os erros dos sentidos, não pode ser fonte credível de conhecimentos, melhor dizendo, as suas informações não podem constituir (dado que muitas vezes são enganadoras) crenças básicas que possam conduzir a outros conhecimentos. O saber constrói-se com base em ideias inatas e, desde que siga um método correto e Deus garanta o normal funcionamento da nossa razão, podemos alcançar verdades objetivas (claras e distintas) sobre o mundo. Esta rejeição dos sentidos é uma convicção fundamental de Descartes e marca a sua orientação claramente racionalista inspirada no modelo dedutivo das matemáticas. Para Hume, todas as ideias têm uma origem empírica. Todos os nossos conteúdos mentais são perceções. Estas são de dois tipos: impressões e ideias. As nossas ideias são cópias das nossas impressões e por isso não há ideias inatas.
2 —A possibilidade do conhecimento. Partindo de um ceticismo metódico, Descartes liberta a razão da dependência em relação à experiência e, tornando o seu funcionamento dependente da garantia de Deus, conclui que podemos alcançar conhecimentos verdadeiros (claros e distintos) acerca do mundo. Para Hume, o critério de verdade do nosso conhecimento é este: um conhecimento, uma ideia, só é válido se pudermos indicar a impressão ou impressões de que deriva. A toda e qualquer ideia tem de corresponder uma impressão sensível. Se não há correspondência, há falsidade. Criticando a fé cega no poder da razão quanto ao conhecimento do mundo e do que transcende a natureza, Hume argumenta contra os racionalistas que o conhecimento científico não é como o conhecimento matemático, não o podendo ter como modelo: não é um conhecimento puramente demonstrativo, mas procede da experiência.
Quanto à objetividade das leis naturais defendida por pensadores não racionalistas como Locke e Newton, o filósofo escocês argumenta que qualquer generalização, baseando-se em factos passados e pretendendo valer para o que ainda não foi

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