futebol
Com a evolução do treinamento desportivo, muitos postulados teóricos foram desmistificados
Rodrigo Vicenzi Casarin
"Todos os treinadores falam de movimento, de correr muito. Eu digo não corram tanto. O futebol é um jogo que se joga com o cérebro. Tens de estar no local certo no momento certo, nem antes nem depois". (Johan Cruyff)
Ao longo dos anos, no campo futebolístico, uma das maiores dificuldades no treinamento prendeu-se na incapacidade dos profissionais integrarem os diversos fatores do rendimento desportivo.
Com a evolução do treinamento desportivo e a inserção de novos conceitos metodológicos, muitos postulados teóricos, evidentemente distantes das solicitações impostas pelo jogo, foram desmistificados.
Se a falta de conhecimento que as pessoas possuíam acerca do jogo resultou em um longo período de treinamentos fragmentados, a nova realidade demonstra que as dimensões (física-tática-técnica-mental) são indissociáveis e estão em constante interação.
Desta forma, não se compete para superar uma distância ou um tempo. Compete-se para dar solução aos problemas criados e pela aleatoriedade que a própria natureza do jogo vai criando.
Dentro dessa perspectiva, a análise da lógica interna do futebol demonstra que a grande maioria das situações de jogo não envolve mais de sete a oito atletas e nessas ações busca-se invariavelmente superioridade numérica e posicional.
Neste contexto, torna-se claro que a utilização dos jogos reduzidos e modificados dá condições para que o processo de treino se torne cada vez mais próximo da realidade específica que o jogo impõe.
Se no passado tinham apenas o objetivo de desenvolver as capacidades técnicas e táticas isoladamente, ou como recreação ou rachão, sem uma sistematização dos princípios do jogo (fundamentais, específicos e relacionados ao modelo de jogo), atualmente utiliza-se os mesmos para o desenvolvimento do jogar. Ou seja, para que a