FUSÃO ENTRE EMPRESAS

O CASO DA INDÚSTRIA DE CERVEJA

Descrição sucinta do caso:

No ano de 1999 as empresas Brahma e Antarctica visavam o mercado internacional, porém não tinham recursos nem poder para realizar esse objetivo. Ambas já haviam tentado outras alternativas neste sentido, mas em função de problemas com a economia e a desvalorização da moeda, não conseguiram concretizar a compra. A Antarctica buscara associar-se com a Anheuser-Busch, empresa americana e a Brahma com a Bavária, empresa colombiana. Assim, Marcel Herman Telles da Brahma e Victorio De Marchi da Antarctica, tiveram a idéia de gerar uma fusão entre as duas empresas, constituindoa AmBev. Essa fusão poderia ser beneficiada pela evolução do Mercosul e da ALCA, que prevê o fim das barreiras comerciais entre os países envolvidos, a partir de 2005. Apesar de toda surpresa ocorrida, afinal eram empresas concorrentes, com formas diferentes de administrar, a AmBev nasceu com mais de 70% do mercado de cerveja e 40% do mercado de bebidas do Brasil. Controlando as marcas Antarctica, Brahma e Skol, também passou a ser a quarta maior cervejaria do mundo e a quinta maior produtora mundial de bebidas. A empresa passou a possuir fábricas em 18 estados brasileiros, além de indústrias na Venezuela, Uruguai e Argentina, com um total de 18 mil funcionários. A AmBev também passou a ter 37 marcas de cerveja, 40 de refrigerantes, 7 de água, 4 de chás, 7 de sucos, 8 de isotônicos e seis de malte. A empresa, então passou a apresentar um ativo de R$ 8,1 bilhões, um patrimônio líquido de R$ 2,3 bilhões, com aproximadamente 30 mil acionistas.

Apesar da fusão, a empresa manifestou sua decisão de trabalhar, tanto administrativamente, quanto mercadologicamente, de forma separada as suas marcas, mantendo a competição entre elas. A Brahma, com 46% das ações passaria a controlar a empresa e a direção seria revezada pelos próximos 10 anos. Os objetivos da AmBev foram anunciados ao mercado em julho de 1999 e visavam, de maneira geral,