Fundação de Roma
Durante a República Romana, muitas datas foram atribuídas à fundação da cidade, no intervalo entre 758-728 a.C.. No Império Romano, a data sugerida por Marco Terêncio Varrão (116-27 a.C.) foi considerada a oficial, no entanto, grandes obras como Du Jour natal (758 a.C.), Fasti Capitolini (752 a.C.) e Das antiguidades romanas (751 a.C.) sugeriram datas diferentes. Seja como for, todas as versões concordam que o dia é 21 de abril, data do festival de Pales, deusa do pastoreio.
Entre a data convencional da Guerra de Troia (1 182 a.C.) e a data aceite para a fundação de Roma (753 a.C.) há um intervalo de quatro séculos, razão pela qual os romanos, durante a República, criaram a lenda da dinastia dos reis de Alba Longa, de forma a preencher o vazio de 400 anos entre Eneias e Rômulo. Os vestígios arqueológicos, no entanto, demonstram que Lavínio, Alba Longa e Roma foram contemporâneas.[46] Além disso há quem diga que os elementos encontrados no mito de fundação são resquícios de rituais etruscos que foram incorporados pelos romanos.
A Fundação de Roma é algo até hoje envolto em mistério. Os romanos elaboraram um complexo conto mitológico acerca da origem da cidade e do Estado, que se uniu à obra história de Tito Lívio e a obra poética de Virgílio e Ovídio, todos da era augustana. Naquela época, as lendas oriundas de textos mais antigos foram trabalhadas e fundidas num conto único, no qual o passado mítico foi interpretado em função dos interesses do império. Os modernos estudos históricos e arqueológicos, que se baseiam nestas e em outras fontes escritas, além de objetos e restos de construções obtidos em vários momentos das escavações, tentam reconstruir a realidade que existe no conto mítico, no qual se reconhecem alguns elementos de verdade.
A data da fundação é, a rigor, desconhecida, embora atualmente os historiadores, em meio a certo consenso, argumentam que a cidade teria sido fundada no século VIII a.C. Durante o reinado de Augusto, o