Fundamentos

Apoio no desenvolvimento dos bebês prematuros
Atualmente, devido às novas tecnologias, a possibilidade de sobreviver e levar uma vida saudável aumentou muito para os bebês prematuros. Cada vez mais, se combate as seqüelas físicas que a prematuridade pode causar. Porém, o que pouca gente discute são as possíveis conseqüências emocionais, que podem ser devastadoras.

Como todo bebê, os prematuros necessitam de carinho e de aconchego - que muitas vezes lhes são negados dentro do ambiente frio e desconfortável das UTI’s neonatais, onde recebem cuidados intensivos 24h por dia, são manipulados sem afeto por médicos e enfermeiros e por vezes só podem receber a visita dos pais em horários pré-determinados. Para os pais, esta situação gera uma sensação de enorme impotência, em alguns casos levada ao auge pela necessidade dolorosa de ter que conviver com a iminência da morte deste filho. Para o bebê, é uma ruptura brusca, que o retira do útero quentinho para ser colocado numa “caixa de acrílico” cheia de tubos e fios, monitorado por aparelhos e isolado de tudo a que estava acostumado.

Infelizmente, os bebês prematuros, que talvez precisem ainda MAIS de estímulo que os bebês nascidos a termo, acabam sendo tocados e acariciados muito menos. Para piorar o quadro, quando a criança fica na incubadora por muito tempo, o risco de mãe e filho se afastarem é muito grande. Muitas vezes, o receio da morte do prematuro é o motivo do distanciamento inconsciente da mãe.

Se um bebê nasce antes do tempo previsto, sendo considerado prematuro, pode apresentar mais tarde uma variedade de déficits. No entanto, um fator que tem recebido atenção insuficiente por parte das pesquisas até agora efetuadas é a possibilidade da privação sensorial contribuir para tais comprometimentos. Os possíveis efeitos adversos de iniciar a vida dentro do ambiente controlado e monótono de uma incubadora, recebendo estimulação tátil e emocional mínima durante várias semanas, foram o tema de um estudo piloto