Fundamentos toxicologia

2038 palavras 9 páginas
3.1.1 Introdução – a Toxicologia em busca de sua cientificidade
(PAOLIELLO; DE CAPITANI, 2000)
• Fase pré-paradigmática
Ainda que a Toxicologia seja considerada uma ciência instituída recentemente, quando comparada com outras ciências biológicas, sua construção começou antes do princípio da história registrada. Em sua constante busca por alimentos, o homem observou que certos vegetais tinham efeitos nocivos para o organismo. Considerando que o arco e a flecha estão entre as revoluções tecnológicas mais importantes nessas populações primitivas, foi constatado o uso de extratos de plantas como toxinas para a caça e a pesca. O fato de a relação causa efeito ser imediata, tornou mais fácil a aquisição do conhecimento.
Entretanto, o foco de atenção da Toxicologia primitiva, e o “saber” toxicológico, rapidamente se desviou para a destruição da vida humana. Conforme a civilização progredia, a arte de envenenamento proposital também avançava. No início, observou-se o desenvolvimento de habilidades de muitos povos na preparação de misturas especiais de venenos para flecha, cujas fórmulas eram bem guardadas e passadas para os sucessores de cada tribo. Gradualmente, muitas toxinas animais, vegetais e minerais foram catalogadas por médicos gregos (a partir de 400 a.C.). Ainda que superficialmente, o uso de eméticos foi reconhecido nos envenenamentos. Poemas com referências a venenos e antídotos foram escritos. Com o desenvolvimento do conhecimento e da utilização dos venenos, as execuções políticas ocorriam com freqüência na Grécia Antiga. Suicídios onde o conhecimento toxicológico era evidente, também ocorriam. A Roma Antiga também foi palco destes acontecimentos.
Em Roma, na Idade Média, a arte de envenenar progrediu de tal forma que alcançou o estatuto de uma profissão. Era grande o número de pessoas que, mediante o pagamento de uma quantia, poderia encomendar o envenenamento de outra. O envenenamento como arte e profissão também chegou à França.
O que se observou

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