Fundamentos do Psicodiagnóstico

Resenha
Fundamentos do psicodiagnóstico
Cunha, Jurema Alcides. Psicodiagnóstico v, 5. ed. São Paulo: Artmed, 2007
No segundo Capítulo que integra a obra Psicodiagnóstico v, Jurema Alcides Cunha enfatiza que os psicólogos em geral realizam avaliações, os psicólogos clínicos entre outras tarefas, realizam psicodiagnóstico. É um processo que visa identificar forças e fraquezas do funcionamento psicológico, com foco da existência ou não de psicopatologia. Segundo Groth-Marnat torna-se importante estabelecer a diferença que existe entre o psicometrista e o psicólogo clínico, o primeiro tende a valorizar os aspectos técnicos da testagem, enquanto no psicodiagnóstico a uma utilização de testes e de outras estratégias, para avaliar um sujeito de forma sistemática, científica, orientada, para a resolução de problemas. No século passado, a comunidade foi muito marcada pelas descobertas ocorridas no campo da biologia, com inicio da verificação da correlação de síndromes clínicas com modificações morfológicas observadas nas autópsias. A base científica fornecida à medicina pela biologia levava psiquiatras a buscarem as causas da doença mental no organismo, em especial, no sistema nervoso central. Foi nesta época a divisão dicotômica dos transtornos psiquiátricos em “orgânicos” e “funcionais” foi nessa escada pré dinâmica da psiquiatria que surgiu Kraepelin, que se notabilizou por seu sistema de classificação dos transtornos mentais, especialmente por seus estudos diferenciais entre esquizofrenia e psicose maníaco-depressiva. As classificações nosológicas e o diagnóstico diferencial ganharam ênfase. A classificação das doenças mentais pressupunha uma hierarquia, conforme o modelo médico, em grandes classes: transtornos mentais orgânicos, psicoses, neuroses, transtornos de personalidade e estados relativos/transitórios. Neste cenário as obras de Freud e Kraepelin tiveram especial importância, caracterizando uma diferença entre estados neuróticos e psicose, dentre os